segunda-feira, 29 de agosto de 2011

E.I.C.A.-Abrantes 1969/70, Curso Geral de Comércio, turma 5, ano 1.º

A entrada nesta turma foi quase um choque para mim, e penso que só tomei clara consciência disso quando, sentado na última ou penúltima fila da sala de aula, eu, provavelmente o mais pequenito da turma - ainda por cima, com tantos colegas à minha frente, todos mais altos do que eu - ouvi a professora de Francês dizer: "Como só são 7 os alunos que não são repetentes, eu dou as aulas para os outros, eu falo devagar, e os sete não repetentes seguem com atenção as aulas."
Felizmente, aconteceram depois duas coisas:
Primeira: adorei esta turma, tive colegas fantásticos, que foram sempre excelentes colegas e companheiros!
Segunda: no ano a seguir, a professora de Francês que nos calhou em sorte teve a sabedoria para, qual "revolução de veludo", nos ajudar a recuperar completamente no atraso que levávamos na disciplina.
Agora, como professor, percebo melhor a opção - arriscada, muito arriscada - que a primeira professora de Francês fez.
É verdade, curiosamente, ou melhor, significativamente, o que nos safou a todos, foi o companheirismo da turma. Esta turma fez coisas que ainda hoje não me atrevo a contar em público, ou fora do grupo. Chamo-lhes agora "marotices mansas" que só foram possíveis pelo entrosamento enorme entre todos. Sem ofender física ou psicologicamente fosse quem fosse. Os alunos marotos de hoje em dia teriam muito a aprender connosco. Até parecia que éramos uma turma muito bem comportada!...

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